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Sunday 29 November 2015

Um after hours no coração da cidade capital

Vezes há, em que a noite já vai alta e a barriga acusa a necessidade de repasto. Pelas nossas cidades há sítios, que permitem ao mais noctívago comensal degustar um menú de qualidade a horas menos aconselháveis. Desta fomos ao centro da nossa cidade capital, outrora a metrópole do Império Português.




Nome: Galeto
Localização: Av. da Republica, Lisboa
Data da visita: Novembro de 2015
Comentário: o spot dispensa qualquer tipo de apresentação. Habitante de décadas da Avenida da Republica, com vista para o Saldanha, o Galeto faz parte da história da própria cidade de Lisboa. O sítio emana uma unicidade, não só pela excelência dos seus petiscos, como pelo horário de funcionamento pela madrugada dentro. Quem por vezes deambula por Lisboa fora de horas, encontra no Galeto um porto seguro para reconfortar os estômagos mais exigentes. Entrar no Galeto é logo de início uma viagem no tempo ... as madeiras escuras, os dourados e o estilo 70's, encarregam de mostrar que estamos num sítio que já cá estava ainda antes de muitos. Todo o espaço é percorrido por balcões, pelo que comer ao balcão frente a frente com o staff que de forma enérgica atende a clientela, faz parte obrigatória da experiência. Poderia muito bem ser um cenário de um filme do Stanley Kubrik. A carta é imensa, que vai do snack a pratos mais complexos como uma feijoada ou pernil assado. Este fight foi iniciado com um espesso creme de marisco e croutons, pleno  de sabor a mar. Para prato principal, a escolha foi para um bife do pojadouro à frigideira. Uma carne de excelente qualidade, tenra e cozinhada na perfeição. Acompanhava com uma batatas fritas, estaladiças altamente viciantes. Excelente, para não dizer menos. Para acompanhar o festim de carne vermelha, a opção foi a 0.75cl de tinto de marca própria ... um desconhecido da zona do Cartaxo, que se revelou uma surpresa muito agradável. Mais ainda, quando o PVP de cada garrafa é 3.75€ ... um achado, numa lista que não prima propriamente pelos preços baixos. A finalização foi com um Paris Brest, um doce tipicamente francês, semelhante a um eclair. Este porém, tinha um final limonado que juntamente com o chantilly notoriamente fresco, dava frescura à sobremesa. Uma boa escolha, portanto.
Tudo isto pela "módica" quantia de 27€/pax. Tenha o comensal em conta, que o Galeto aplica uma lista de preços ligeiramente mais alta a partir das 22h, devidamente evidenciada no cardápio, que inflacionou a conta final, sem dúvida. 
Repeteco? Os preços exercidos são a meu ver altos. A comida tem qualidade? Sem dúvida que sim! Porém, não tenho dúvidas que estamos a pagar o sítio em si. Hei-de voltar ao Galeto, não só pela comida, como pelo seu horário conveniente ... mas o preço pode ser um entrave a visitas mais regulares.
Galeto Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Sunday 22 November 2015

Voltamos a falar de francesinha!

Juro que não foi de propósito. A vida é mesmo assim ... por vezes passam-se meses sem sequer sentir o aroma da dita sandes, outras sucedem-se os momentos de degustação. O corpo ressente mas a alma agradece. Vamos até Alfena, onde há um spot que as faz a lenha e muito boas.



Nome: Tappas Caffé
Localização: Alfena, na zona industrial, perto do posto da GNR
Data da visita: Novembro de 2015
Comentário: o Tappas Caffé, foi descoberto há uns tempos, um pouco por sorte ou acaso, aquando de busca de uma alternativa ao Torres. O interior do Tappas é um mescla de modernidade com castiço, com mesas e cadeiras em madeira e artesanato pendurado nas paredes. A simpátia do staff é evidente. O Tappas serve outros pratos além da francesinha, porém admito desde já que nunca prestei grande atenção à restante oferta, pelo que abster-me-ei de comentar a carta. Enquanto aguardamos pela rainha da festa, são colocadas à disposição, entradas compostas por uma broa de chouriço, finas fatias de presunto e azeitonas com azeite e alho. Nada a apontar ... tudo de boa qualidade. Em tempo razoável, eis que chega a convidada de honra. Começo por avisar que no Tappas a francesinha é feita em forno a lenha e servida em pratos de barro, o que lhe dá um ar rustico e apetecível. Logo no momento é colocado na mesma um reforço de molho, de dois tipos: o molho normal e o chamado "molho para homens", uma versão extra-spicy ... confirmo o "extra" ... umas gotas são o suficiente para pôr a testa a brilhar do comensal mais habituado ao picante. Relativamente, à francesinha em si, nada de mal a apontar: carnes variadas e de qualidade e molho saboroso. A dimensão é suficiente q.b para saciar os comensais mais vorazes. Para acompanhar, cerveja foi a opção. A nossa Super Bock servida em canecas metálicas geladas, feira mediaval a fazer lembrar.
A reta final é feita de café e um xiribiti de oferta da casa. Um licor de aguardente com muito açucar e bastante gelado ... nem sei se é bom, mas doce e gelado desce e nem se nota. Recentemente, começaram também a disponibilizar uma versão sem alcool ... um xarope, portanto.
Festa terminada, recebemos a dolorosa, algo a rondar os 16€/pax, um valor perfeitamente dentro da média para uma tainada de francesinha, na nação azul e branca. Se considerarmos, que por este valor temos direito a entradas e ao digestivo, concluimos que acaba por ser um valor em conta.
Repeteco? Há melhor? Sim, porém não deixa de ser um sítio de referencia na zona. Sim, irei voltar.

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Sunday 15 November 2015

De novo para os lados de Fátima

Fátima, além de ser um sitio abençoado está estratégicamente localizado, para aqueles que fazem da A1 a sua segunda casa. Distante q.b de Lisboa para que a passagem seja em plena "hora do lobo" e plena de oferta na área da restauração, mais uma vez recorri ao amigo Google para descobrir novo spot ... com a ajuda da Nossa Senhora tudo se iria resolver.




Nome: Sonabrasa
Localização: Fátima, na rotunda Sul
Data da visita: Novembro de 2015
Comentário: já acima foi dito o método usado para descobrir o spot. As criticas não eram más e a localização jogava a favor. Chegando à rotunda sul, o Sonabrasa é facilmente visualizado. Porém, à chegada deparei-me com um café...mau, estava em sofrimento total tal era a fome, quando verifico que existia uma entrada lateral com acesso a uma sala de jantar. A decoração é extremamente simples sem qualquer tentativa de criar uma mínimo de conforto e acolhimento ao comensal, compensado no entanto pela simpatia do staff. A ementa é composta por comida tradicional portuguesa com alguma diversidade tanto em termos de carne como de peixe. Sem saber porquê estava impelido para ir no bacalhau nesse dia ... e a carta tratou de satisfazer esse meu desejo: havia bacalhau assado na brasa. Era isso ... uma posta do peixe rei assado na brasa a acompanhar um tinto, ia ser a prenda que ia oferecer a mim próprio. Em pouco tempo, tinha uma travessa com uma posta generosa, com bastante alho, ladeada por batata e legumes cozidos. Depois de devidamente regada com azeite, deu-se inicio ao fight. A posta era alta, branca e lascava com facilidade. Era portanto bacalhau de qualidade. A simplicidade do prato contrastava com o aconchego que proporcionava. O dito tinto que maridou com a posta, era jovem, frutado e fácil. Não questionei a sua origem, mas pela boca atiraria que seria algo da região.
Terminado o embate com a posta, seguiu-se a sobremesa. Ao ouvir pela boca do empregado a existência de um doce da casa, firmei logo ali a minha escolha. É uma pratica minha, optar pelas sobremesas especialidades da casa. Fiquei um pouco desiludido. Não é que fosse má, mas não era nada mais que o clássico leite condensado/natas/bolacha ... muito mediado.
Finalizadas as hostes seguiu-se a conta: 20€/pax. Um pouco exagerado, em minha opinião. Só 6€ foram de um pão, 2 croquetes e um queijinho.
Repeteco? Provavelmente não. Não estou a dizer que comi mal ou fui mal atendido, mas por este valor há um ou outro sítio em Fátima, claramente bastante superiores.

Friday 6 November 2015

Novamente a francesinha ...

Quis o destino que nova tainada de francesinha tivesse lugar. Já o disse noutras ocasiões que discutir francesinha é do mais infrutífero que pode haver, no sentido em que cada um tem o seu spot de eleição. Há no entanto sítios consensuais. E este que vamos falar de seguida, arrisco dizer que está no top 3 das melhores francesinhas da região/naçon.



Nome: O Requinte
Localização: Matosinhos, perto da Câmara
Data da vista: Novembro de 2015
Comentário: localizado no centro de Matosinhos, da sua entrada discreta à decoração simples e funcional, nada faz prever que estamos num dos melhores sitios da região do Grande Porto, para degustar o famoso pitéu regional. Porém, a imensão de comensais que invadem o generoso espaço e as filas que facilmente e frequentemente se formam à porta, indiciam que que a escolha foi acertada. O serviço é rapido e eficiente, executado por um staff, que vá-se lá saber está sempre com cara de poucos amigos. Vale a qualidade do petisco que compensa tudo e mais qualquer coisa. A francesinha é de dimensões generosas, ao ponto de ser frequente ver comensais deixar o cantinho da cerimónia ... a perda de uns é a oportunidade de outros que ganham direito a um aconchego após terminarem a sua. As carnes são de elevada qualidade. O bife usado é do mais tenro que tenho memoria. Os enchidos seguem a mesma linha... qualidade indiscutível. O molho, que acaba por ditar a avaliação final, é do melhor que se consegue encontrar. Saboroso, pouco picante e abundante. Confirmo! Pertence ao top 3. Para acompanhar, não há que inventar: Super Bock. A unica dúvida é se vamos nos multiplos de 0.20cl ou 0.33cl. Não vou falar de sobremesas, pois o repasto não deixa espaço para tal. Café e conta.
O preço ronda os 16€/pax, um valor alinhado com a média.
Repeteco? Claro! Estamos a falar da premier league da francesinha.
Requinte Francesinhas Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Sunday 1 November 2015

Já não era sem tempo de falarmos da rainha da Invicta!

Já algumas vozes me tinham confrontado, sobre como era possível que a Rainha da Invicta ainda não tivesse sido digna de post neste pasquim literário/gastronómico. Por rainha entenda-se a famosa francesinha. Pitéu esse, tão cheio de história e tradição, de origens mais ou menos desconhecidas. Antes de mais avançar, importa referir algo que pode desde já o leitor/comensal assumir como verdade incontornável: discutir francesinha é simplesmente inglório e inconclusivo. Se questionar a 10 pessoas, qual a melhor francesinha na região da naçon, terá no minimo 7 ou 8 respostas diferentes... sim, pode ser confuso, ainda para mais numa região onde todo e qualquer café confecciona o dito petisco. Porém, há uma mão cheia de spots que são consensuais ... e é uma questão de serviço publico partilhar um desses sítios aqui.



Nome: Café O Torres
Data da visita: Outubro de 2015
Localização: Ermesinde, na zona da estação da CP
Comentário: bem no coração, da outrora chamada a Sintra do Porto (don't ask) encontramos um sítio simpatico, que produz uma das melhores francesinhas da região. O spot é um café na sua verdadeira essencia, com uma decoração simples e funcional. O espaço não sendo imenso possui bastantes mesas e não é dificil encontrar a casa a abarrotar de comensais ansiosos por degustar a dita cuja. O staff é eficiente, e o serviço rapidamente despachado. Em pouco, estamos frente a frente com um prato repleto de batata frita em palito, acabada de fritar a rodear a famosa sanduiche. As carnes são de excelente qualidade, desde o bife de vaca até à linguiça, fiambre e queijo. O molho esse é o segredo da casa. Saboroso, pouco picante e abundante dão o toque mágico ao prato, que tanto nos faz querer regressar ao Torres. O pão usado é de forma e no Torres não o torram ... o que vai ao encontro da minha preferência. Basta o comensal pedir que um refill do molho é prontamente disponibilizado. Em resumo, os ingredientes de excelente qualidade aliado a um molho muito bem elaborado, tornam a francesinha do Torres um must para os apreciadores do petisco portuense. Para acompanhar, não há que inventar: cerveja, servida em canecas de 0.5L. O Torres disponibiliza na sua carta de bebidas uma serie de cervejas estrangeiras, tais como as bem conhecidas Chimay, Duvell e afins, bem pensadas para acompanhar um prato intenso como a francesinha. Se bem que a nossa querida Super Bock, filha da região, cumpre sem mácula a tarefa. Tipicamente, em fights  de francesinha não há espaço para sobremesa, pelo que fechamos as hostes com o café e conta. A conta no Torres é uma continuidade do momento bem passado até então: se ficar o comensal por uma caneca apenas, a conta fica uns centimos abaixo dos 10€/pax, o que podemos considerar abaixo da média. Por isso, além de uma grande francesinha juntamos um preço muito competitivo mesmo.
Repeteco? Brincamos? Claro que sim! Volta e meia estou lá batido. Para mim o Torres está no top 5 de spots de francesinha.