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Sunday 6 November 2016

Um petisco convincente em Arouca

Terra de muitas qualidades, Arouca é muito mais do que seu monumental convento, a magnifica carne que carrega o seu nome ou mesmo mais recentemente, terra que produziu um dos mais infâmes cop killer e mestre da fuga que tanta tinta faz correr atualmente e proporciona horas e horas de emissão televisa na CMTV! Localizada no interior do distrito de Aveiro, Arouca é lugar de transição entre o litoral e o interior.





Nome: A Tasquinha da Quinta
Data da visita: Setembro de 2016
Localização: Arouca
Comentário: localizado nas ruelas interiores da vila de Arouca, mesmo perto dos Paços do concelho facilmente encontramos A Tasquinha da Quinta. O Estacionamento não é facil, pelo que deverá o leitor/comensal preparar-se para uma curta caminhada, que agradecerá aquando do regresso ao carro para ajudar a moer a refeição e o verde tinto.
A sala é de dimensão média e com uma decoração mista entre o moderno e o tradicional. Logo à entrada deparamos com a cozinha, protegida por um vidro estilo montra onde podemos observar a azáfama do seu staff  e a grelha a carvão onde são confeccionados os grelhados. Bom sinal, para quem acredita que quem não deve não teme e quem se expõe assim não tem nada a esconder!
Esta visita foi a um dia da semana, pelo que encontramos na sala um misto de comensais claramente em trabalho, na sua pausa para almoço com locais mais ou menos novos simplesmente a usufruir de uma refeição. A carta espelha esta configuração de clientes, pois encontramos pratos de diária assim como pratos à carta.
Para o fight a escolha caiu numa dose de tripas, muito bem servida, em tacho de barro cheia de sabor e fortes aromas. A dobrada, ou os callos como chamam os nuestros hermanos, estava bem cozinhada e tenra. O feijão, cozido no ponto, era evidentemente fresco e não de lata. Acompanhava com um arroz branco sequinho, com um bom sabor a louro e alho, criando um conjunto que funcionava muito, muito bem.
Para o aconchego final, como não poderia deixar de ser, optamos pela rainha da terra ... a vitela arouquesa assada no forno. Servida com batata assada e grelos em caçarola de barro, a carne desfazia apenas com o toque da colher. Assada no ponto certo, não estava nem um pouco seca! Divinal a mostrar o porquê da carne arouquesa ter ligar cativo no podio das melhores carnes deste nosso Portugal!
A generosidade das doses, essa deixo os registos fotográficos falarem por sí. As duas doses serviram de sustento a três comensais vividos nestas andanças, com carne a sobrar ... um pecado, mas não dava para mais!
Para maridar com toda esta carne e paleta de sabores, tomamos a decisão ousada de optar pelo verde tinto da casa, um néctar produzido na terra. Arouca é nos vinhos também uma terra de transição entre os vinhos verdes e os maduros que a poucas dezenas de quilometros são produzidos em terras do Dão a leste ou da Bairrada, a sul. A pomada, aromática e com a acidez bem controlada é prova que os vinhos verde tintos estão a renascer e que poderão ser a proxima new thing no que a enofilia diz respeito.
Apesar do pouco espaço ainda disponível, lá conseguimos acomodar a sobremesa, o doce da casa. Uma especie de bavaroise de morango. Estava boa sem deslumbrar ... uma escolha ousada no minímo para doce da casa.
As boas supresas continuaram com a conta: um valor a rondar os 13€/pax, faz da Tasquinha da Quinta um campeão da relação preço/qualidade.
Repeteco: comer assim por este preço?! Hell yeah! Voltarei e recomendo uma visita.



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2 comments:

  1. Ó Lambetacho, assim fazes virem-me lágrimas aos olhos. Essas tripas tenrinhas seguidas da carne aragonesa que desfia ao toque da colher deviam estar divinas.

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  2. Divinal! e por um preço muito em conta! Bang for a buck!!!

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